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Perspectivas terapêuticas em Linfoma Difuso de Grandes Células B: da primeira linha às possibilidades de terapia em recidiva e refratariedade

Dra. Natalia Zing – Médica Onco-hematologista da Beneficência Portuguesa da São Paulo

Aconteceu entre os dias 10 e 11 de novembro o 1° Simpósio HemomeetingNorte e Nordeste 2023, em João Pessoa – Paraíba. O encontro que objetivou a união e troca de informações entre onco-hematologistas, contou com a presença de importantes onco-hematologistas da área, como a Drª Natalia Zing. No vídeo, a doutora aborda sobre o Linfoma Difuso de Grandes Células B, subtipo de linfoma mais incidente que, dada sua alta heterogeneidade, torna o tratamento um desafio da prática clínica.

O estudo clínico POLARIX teve sua aprovação junto ao FDA com a combinação de polatuzumabe vedotina (anti-CD79b) com o RCHP (Rituximabe + Ciclofosfamida + Doxorrubicina + Prednisona). Essa proposta Pola-R-CHP ofereceu, em primeira linha, ganho de sobrevida livre de progressão, com redução de 27% no risco de progressão, o que clinicamente significou em redução no número de pacientes em recidiva.

Mediante recidiva, o standard of care atual é a terapia de resgate seguida de transplante autólogo, no entanto, muitos pacientes são inelegíveis ao transplante, dando espaço a uma necessidade clínica que foi avaliada no estudo clínico de fase II, L-MIND. Esse clinical trial, portanto, avaliou a eficácia e segurança detafasitamabe+lenalidomida (anti-CD19) nessa população de pacientes inelegíveis ao transplante.

Essa combinação é administrada por um ano seguida de tratamento contínuo da monoterapia com tafasitamabe até progressão ou toxicidade inaceitável. Observando o endpoint primário do estudo, o tratamento avaliado em 80 pacientes demonstrou 57,5% de resposta objetiva, 40% de resposta completa, cabendo destaque à duração dessas respostas de 43,9 meses. Ainda que não tenham tido toxicidades inesperadas, eventos adversos foram mais incidentes durante a fase de combinação, reduzindo essa incidência durante a monoterapia com tafasitamabe.

Drª Natalia, portanto, traz as principais mudanças de perspectivas do tratamento de Linfoma Difuso de Grandes Células B, sobretudo em cenário de recidiva ou refratariedade, perpassando tanto a combinação com tafasitamabe+ lenalidomia quanto a nova possibilidade da terapia CAR-T em pacientes com mais de duas terapias ineficazes. Vale a pena conferir na íntegra!

Referências:

1. Tilly H, Morschhauser F, Sehn LH, et al. Polatuzumab Vedotin in Previously Untreated Diffuse Large B-Cell Lymphoma. N Engl J Med. 2022
2. Duell J, Maddocks KJ, González-Barca E, et al. Long-term outcomes from the Phase II L-MIND study of tafasitamab (MOR208) plus lenalidomide in patients with relapsed or refractory diffuse large B-cell lymphoma. Haematologica. 2021
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