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Após 30 anos, Axi-Cel foi o ÚNICO tratamento a demonstrar sobrevida global superior no cenário curativo em 2L de LDGCB ≤12 meses vs. terapia padrão

Estudo ZUMA-7 destaca os benefícios do axi-cel como terapia de 2ª linha, com ganho de sobrevida global e livre de progressão

O Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB) é uma neoplasia hematológica altamente heterogênea e é o tipo de linfoma não-Hodgkin mais comum, representando cerca de 30% dos casos de linfoma.¹ Apesar da evolução das opções terapêuticas para essa neoplasia, há uma necessidade clínica não atendida, sobretudo no contexto das doenças recorrentes ou refratárias (LDGCB R/R).2 O desfecho da terapia padrão tradicionalmente utilizada para o LDGCB recém-diagnosticado (R-CHOP; rituximabe, ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona) mostra que, embora 50-60% dos pacientes obtenham cura, cerca de 12% apresentam doença refratária primária e 22–31% apresentam recorrência nos primeiros dois anos.¹

Quando avaliamos a população com LDGCB recorrente ou refratária, ela tem, classicamente, um pior prognóstico. As medianas de sobrevida global são de 12,9 meses para pacientes que receberam mais de uma terapia sistêmica prévia, 6,2 meses para aqueles que receberam mais de duas terapias sistêmicas prévias e 5,1 meses para pacientes que receberam mais de três terapias sistêmicas prévias.¹ Como terapia padrão em segunda linha com intenção curativa, a jornada terapêutica é extensa e abrange várias etapas. Nessa abordagem, poucos pacientes são elegíveis para o transplante autólogo de células-tronco; apenas 10% desses alcançam a cura, enquanto os demais apresentam uma mediana de sobrevida global de 4,4 meses. Isso destaca novamente a necessidade clínica não atendida nessa população.3

Para melhorar o prognóstico dessa população, a terapia CAR-T, a exemplo do axicabtageno ciloleucel (axi-cel), um CAR-T anti-CD19, tem sido amplamente avaliada como opção terapêutica. O axi-cel foi aprovado como terapia de segunda linha em regime de dose única, baseado nos dados do estudo ZUMA-7  que comparou o CAR-T com a terapia padrão de segunda linha (SOC), que consiste de terapia de resgate, na qual os pacientes em resposta completa ou parcial seguiram para esquema de quimioterapia de alta dose (QTAD) e transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (Auto-TCTH) e, para os pacientes não respondedores, o tratamento em 3L (pós terapia de resgate) foi administrado fora do protocolo. Os resultados anteriores desse estudo clínico randomizado de fase III mostraram que o axi-cel reduziu o risco de eventos ou óbito em 60% em relação à SOC, com uma taxa de resposta de 83%, em comparação com 50% para a SOC.3

Publicado no The New England Journal of Medicine em 2023, Westin e demais investigadores apresentaram os resultados da primeira análise de sobrevida global do estudo ZUMA-7.  Essa análise foi realizada após 5 anos desde a inclusão e randomização do primeiro paciente. Foram incluídos 359 pacientes com LDGCB recém refratários/recorrentes, randomizados em dois grupos: axi-cel (n =180) e SOC (n=179). A mediana de follow-up foi de 47,2 meses, com 82 óbitos reportados no grupo axi-cel e 95 óbitos no grupo SOC.3

Na avaliação da sobrevida global, o grupo axi-cel não atingiu a mediana, enquanto o grupo SOC apresentou mediana de 31,1 meses. Isso resultou em uma redução de 27% no risco de óbito com o tratamento axi-cel (HR = 0,73; IC 95%: 0,54-0,98). A taxa de sobrevida global estimada em 4 anos foi de 54,6% para o grupo axi-cel, em comparação com 46% para o grupo SOC. Além disso, a sobrevida livre de progressão também favoreceu o axi-cel, com redução de 49% no risco de progressão ou óbito (HR = 0,51; IC 95%: 0,38-0,67). É importante destacar que nenhum óbito relacionado ao tratamento foi relatado.3

Esses resultados demonstraram que o axicabtageno ciloleucel foi a primeira terapia em 30 anos que reduziu o risco de morte e apresentou sobrevida global significativamente mais longa em comparação ao tratamento padrão para pacientes com Linfoma Difuso de Grandes Células B recorrentes ou refratários. 

Para saber mais informação sobre CAR-T acesse o site: https://terapiascelulares.com.br/

APOIO:

Referências:

  1. Sehn LH, Salles G. Diffuse Large B-Cell Lymphoma. N Engl J Med. 2021.
  2. Mahek Garg, Jitender Takyar, Arju Dhawan, et al; Diffuse Large B-Cell Lymphoma (DLBCL): A Structured Literature Review of the Epidemiology, Treatment Guidelines, and Real-World Treatment Patterns. Blood 2022;
  3. Westin JR, Oluwole OO, Kersten MJ, et al. Survival with Axicabtagene Ciloleucel in Large B-Cell Lymphoma. N Engl J Med. 2023.
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