EHA® 2025 – Epcoritamabe + quimioterapia convencional no linfoma difuso de grandes células B em recaída: sinergia promissora

ORR próxima a 80% e PFS ainda não alcançada reforçam papel da combinação como ponte terapêutica viável.  

Durante o congresso EHA 2025, o Dr. Breno Gusmão, hematologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e CEO do Hemomeeting, destacou os dados interinos do estudo de fase II apresentado no pôster PS1979, que avaliou a combinação de epcoritamabe com o regime quimioterápico GDP (gemcitabina, dexametasona e cisplatina) em pacientes com linfoma difuso de grandes células B recidivado ou refratário (LDGCB R/R). A coorte incluiu pacientes com doença agressiva, muitos dos quais refratários primários e previamente expostos a múltiplas linhas de tratamento.

A combinação de epcoritamabe com GDP demonstrou uma taxa de resposta global (ORR) em torno de 80%, com várias respostas completas documentadas. A mediana de sobrevida livre de progressão (PFS) ainda não havia sido alcançada no momento do corte de dados, sugerindo benefício sustentado com o regime combinado. O perfil de segurança foi considerado manejável, sem novos sinais de toxicidade imuno-mediada significativos.

Esses achados reforçam o potencial de integrar imunoterapia biespecífica a esquemas citotóxicos consagrados como estratégia eficaz em contextos de resgate, seja como ponte para transplante autólogo ou para terapias celulares, seja como tratamento definitivo para pacientes que não são candidatos a abordagens intensivas.